CHAN-TAO-CHUAN KUNG-FU

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As características filosófica do estilo Chan-Tao-Chuan baseou-se em uma doutrina que teve inicio entre os anos 475 a 525 da era Cristã na China. Bodhidharma monge budista de origem Indiana veio à China com objetivos religiosos. Após alguns anos meditando dentro de uma gruta no templo de Shaolin, teria criado um novo ramo filosófico do Budismo, voltado especificamente à meditação e recebeu a denominação de (Ch’an) em Chinês e posteriormente de (Zen) em Japonês. Bodhidharma instituiu o (Ch’an) como disciplina espiritual aos monges do templo e para que pudessem se fortalecer fisicamente e suportar as longas horas de meditação, Bodhidharma ensinava um exercício físico baseado nos movimentos de cinco animais pertencentes a uma antiga arte indiana (o Vajramushti). Após a morte de Bodhidharma, seus ensinamentos se fundiram a escola Shaolin como uma disciplina superior e foram ensinadas em segredo durante muitos anos. Os Chineses sempre tiveram uma grande dificuldade em pronunciar o sânscrito (antigo dialeto indiano) o que fez com que, ao passar do tempo, desaparecesse o nome “Vajramushti” e os ensinamentos de Bodhidharma passaram a ter varias denominações tais como: (Lo-han; Nalo-djam; I-dji sin)

 

Em 2016 foi criado um projeto objetivando reviver a prática de um estilo de defesa pessoal denominado “Chan-Tao-Chuan” que estava consideravelmente enfraquecido no Brasil. Numa força-tarefa envolvendo vários amantes desta arte, o Chan-Tao-Chuan foi introduzido de volta ao senário nacional. Houve um tempo em nosso país (décadas de 70 e 80) que muito se falou de Chan-Tao-Chuan, graças a nossa iniciativa e a este projeto (pioneiro no Brasil), esta arte volta a ser o centro das atenções e de popularidade. O Ch’an-Tao-Chuan destacava-se por sua eficiência na luta em pé, bravura e perícia técnica de seus praticantes em competições. No tocante a defesa pessoal destacava-se por sua eficiência. Apesar deste método de luta e defesa pessoal (em toda sua profundidade) não ter sido mais difundido no Brasil por parte de seu fundador (Marco Natali – final da década de 60 e inicio da década de 70), sua prática, mesmo que timidamente, permaneceu viva por alguns poucos fieis seguidores, que o apresentavam muitas vezes ao público com outras denominações. 

 

Graça aos esforços voluntários de varias pessoas, nas mais diversas áreas profissionais como, historiadores, direito, designers, educação física, bem como, várias pessoas de destaques que praticaram e ensinaram o estilo nas décadas de 70 e 80, o Ch’an-Tao-Chuan foi finalmente reorganizado por nós e para todos. Aos poucos vem conquistando o respeito e a aceitação popular novamente. Segundo alguns de seus mais antigos e notáveis praticantes da época, o Ch’an-Tao-Chuan não chegou ser completado como queria o seu fundador. Por volta do ano de 1984, desapontado com inúmeros ataques, críticas e calunias, vindos de outros praticantes de Kung-Fu, mídias, etc., Natali teria resolvido se afastar definitivamente do ensino e da prática física do estilo. O Chan-Tao-Chuan foi formado inicialmente, dos fundamentos técnicos de vários estilos do Kung-Fu Chinês, tais como: Fei Hok Pai, Pak Mei, antigo Chang Chuan e uma vertente do Shaolin Chuan. Segundo se sabe, esse estilo de luta e defesa pessoal, passou por dois períodos em sua história.

 

No primeiro período (Fase técnica, luta, – década de 70) compreendia a formação de sua estrutura técnica onde visava a luta e a defesa pessoal. No segundo período, (Fase espiritualizada – década de 80) voltava-se para um refinamento espiritual (Budista) semelhante ao que fora submetido o Shorinji Kempo no Japão. Neste último período seu fundador, mesmo não atuando mais na prática do estilo, tenta incorporar mais intensamente, os dogmas filosóficos e espirituais budistas (CH’AN) através da Fraternidade Kung-Fu, (entidade criada por ele, hoje continuada por um professor de artes marciais e religioso designado por Natali). Daí em diante, o Ch’an-Tao-Chuan segundo Natali, não era mais visto como um (estilo meramente de luta) inspirado no Kung-fu Chinês, e sim, como um método de ensino, uma pedagogia especial, humanizadora, cujos objetivos transcendiam a mera arte marcial e passaria a se fundamentar na (meditação Ch’an) bem como, no desenvolvimento da espiritualidade do indivíduo, e tanto o lado físico como espiritual, juntos, se complementavam como um todo para a harmonização e equilíbrio do ser humano, ou seja, Natali decide transformá-lo em um sistema de defesa pessoal mais voltado  para os preceitos budistas

 

O Chan-Tao Chuan por ser um ramo popular da arte marcial, não é imutável,  por isso, ao longo dos anos, seu praticantes fizeram suas próprias adaptações para atender suas necessidades ideológicas, físicas e espirituais, tanto para arte de defesa pessoal, como para a luta esportiva. Hoje ainda é possível encontrar alguns sistemas e (sub-sistemas) desenvolvidos com base no antigo Chan-Tao-Chuan, ou seja, galhos de uma mesma árvore. Mas existem também muitos oportunistas que nada sabem do estilo. O Chan-Tao-Chuan, tem sua história marcada por polêmicas e por contraditórias versões e afirmações, o que fez muitos de seus adeptos abandonar definitivamente sua prática. Com a implantação de nossa projeto acima mencionado, o velho Chan-Tao-Chuan passou a ser dividido em duas vertentes de pensamentos, focados em pontos ideológicos distintos. Uma voltada para um plano de maior refinamento espiritual segundo os preceitos budistas, e a outra, voltada mais para a luta e defesa pessoal como era no inicio de sua criação. Na data de 19 de abril de 2016, dois antigos praticantes deste estilo, senhores Simão Pantoja e Luciano Ferreira criadores deste projeto, fundaram um novo ramo de Chan-Tao-Chuan com uma proposta de manter as técnicas originais o máximo possível intactas, cujo conceito volta-se mais para a defesa pessoal, bem estar físico e mental, mas sem negligenciar a filosofia do Kung-Fu. Nossa concepção de Chan-Tao-Chuan agrega os seguintes preceitos:

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• Ética marcial,

• Originalidade,

• Princípios da liberdade,

• Legalidade e respeito as leis,

• Compromisso de transmissão da verdade,

• Da auto-estima, integridade e bem estar do ser humano,

• Da união e respeito entre seus adeptos e praticantes de outras artes marciais .

 

O CHAN-TAO-CHUAN agora com o slogan (SISTEMA BRASILEIRO DE DEFESA PESSOAL), é um método livre e independente de nacionalidade Brasileira, com uma estrutura organizacional peculiar própria de iniciativa de seus idealizadores, Instrutores Simão Pantoja e Luciano Ferreira. Esta vertente foi instituída em 19 de abril de 2016 no Brasil e tem como objetivo principal preservar as técnicas originais e tradicionais do estilo.

 

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RESUMO: Na década de 70, Natali começa a formar o seu estilo com base no que de melhor e no que de mais eficiente aprendeu. Daí surge a primeira etapa do Chan-Tao-Chuan (que em seu período mais prático e físico era conhecido também por Shaolin Tao Chuan). A segunda etapa de evolução do estilo, se deu em meados da década de 80 entrando para a década de 90, quando Natali tentou transformar o Chan-Tao-Chuan num sistema mais espiritualizado e voltado para os preceitos budistas, na qual não teve êxito. Daí em diante, o Chan-Tao-Chuan caiu em decadência e abandono, quase desapareceu. Graças a uns poucos seguidores, esta luz se manteve acesa. Em 2015 os últimos remanescentes deste estilo no Brasil, (Simão Pantoja e Luciano Ferreira) se juntaram através da criação de um projeto inédito e revolucionário denominado: "CHAN-TAO-CHUAN - RESTAURAÇÃO & PRESERVAÇÃO" pelo qual, um profundo trabalho de pesquisa e restauração do verdadeiro Chan-Tao-Chuan foi realizado. Pessoas influentes e ligadas a história deste estilo, deram suas parcelas de contribuição a este projeto. Graças a esses esforços, o Chan-Tao-Chuan ganha vida novamente e já conta com instrutores credenciados ao em vários estados do Brasil.         

 

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